#NiUnaMenos: Argentina entra em greve geral contra violência de gênero

manifestacao_na_argentina102198

O assassinato brutal de uma jovem de 16 anos, que foi estuprada e morta, segundo o laudo, “devido à dor excessiva” ao ser empalada, causou revolta na população argentina. A comoção foi nacional, e durante a quarta-feira, dia 19, manifestantes pararam o país por uma hora, na parte da tarde, para exigir o fim da violência de gênero.

A morte de Lucía causou comoção nacional devido à brutalidade. Mas não é um caso isolado: desde o domingo, dia da morte de Lucía, pelo menos outros três crimes de feminicídio foram registrados no país.

A paralisação nacional foi convocada pelo coletivo Ni Una Menos (Nem uma a menos, em português) como medida de resistência coletiva. “Nem grupo vulnerável, nem vítimas, nós mulheres somos metade da sociedade e de sua força produtiva. Por isso, em épocas de demissões e feminização da pobreza, de repressão política e criminalização das decisões pessoais, a violência estrutural sobre as mulheres se torna insuportável. As demandas do movimento feminista se convertem em urgentes e se agitam, de forma potente, nas praças e ruas”, diz o comunicado.

Durante a paralisação de quarta-feira, por uma hora as mulheres, lésbicas, trans e travestis pararam todas as suas atividades em seus trabalhos, locais de estudo e lares para sair às ruas e fazer barulho, com o objetivo de mostrar à sociedade que a violência de gênero não será mais sofria em silêncio.

Crédito foto: Télam