Fenaban politiza greve em favor do governo golpista

Por FEEB – Federação dos Bancários dos Estados da Bahia e Sergipe 

     Só a disposição dos bancários poderá vencer a intransigência dos bancEmanoel_Souza_c2be6os. Depois da última rodada de negociação realizada nesta quarta-feira, 29 de setembro, ficou evidente que os bancos politizaram a greve dos bancários para tentar prejudicar toda a classe trabalhadora.

     “A questão agora não é mais sobre se os bancos podem ou não atender às reivindicações da categoria. Eles não querem. Trata-se da decisão de que tem que ser um reajuste abaixo da inflação e pronto”, afirmou o presidente da Federação dos Bancários da Bahia e Sergipe, Emanoel Souza, que participa das discussões.

     Segundo Emanoel, o objetivo é derrotar uma categoria de ponta, como os bancários, o que teria reflexos nas campanhas salariais das demais categorias de trabalhadores que negociam reajuste este ano. “O objetivo é estabelecer o que eles chamam de “âncora salarial”, com diminuição do poder de compra dos salários, para reduzir o consumo e manter a inflação sobre controle. Esta é a mesma lógica usada na década de 90 pelo  governo FHC, com arrocho e política de reajuste zero”, acrescentou.

     Este entendimento fica claro nas ações movidas pela Ordem dos Advogados do Brasil em diversos estados contra o direito de greve dos bancários. No Rio Grande do Sul, até uma tal de associação de donas de casa, ligada ao MBL – Movimento Brasil Livre, também entrou na Justiça para obrigar a reabertura dos bancos. Tem ainda os interditos proibitórios impetrados pelos bancos, além do assédio e das ameaças que os trabalhadores recebem dos gestores.

     “Temos que resistir a todo custo. A greve agora precisa passar para um outro patamar. É preciso que os bancários tomem as ruas para ganhar o apoio dos clientes e da população em geral. A greve vai continuar na próxima semana e é preciso reunir forças para manter o movimento coeso. Todos os bancários devem participar das assembleias de segunda-feira, para que possam entender a importância de resistir às pressões do banco neste momento. Só a nossa unidade vai vencer a Fenaban e o governo golpista que querem nos impor a retirada de direitos. Vamos continuar a luta, pois só ela nos garante”, conclui Emanoel.